POESIA GOIANA
Organização de SALOMÃO SOUSA
JOSÉ OLÍMPIO ALVES DE MORAIS
Nasceu em Corumbá de Goiás, a 11 de novembro de 1941.
Transferindo-se para Anápolis, estreou no teatro ao 15 anos de idade.
Êntre a962 e 1967 integrou os grupos que fundaram a AJA (Associação dos Jovens de Anápolis), o Datom (Departamento Artístico Teatral Hoton Mota, o GATA (Grupo Artístico Teatral de Anápolis) e o Tema (Teatro Moderno de Anápolis.
Obteve o título de melhor ator no Festival de Teatro de Anápolis nas edições de 1971 e 1973. Em 72, fundou o Cenário (Teatro do Círculo Operário). Em 1974 foi homenageado como o “Pai do Teatro em Anápolis”. No ano seguinte criou a “Mostra do Teatro de Anápolis”, evento que se repetiu por vários anos consecutivos. Em meados dos anos 800, após um período de relativo afastamento das atividades em Anápolis, fundo o Teq (Teatro Quirenopolitano), fez experiência em rádio-teatro e participou de gravações de propaganda, atuando como ator para um empresa goiana de prestígio.
José Olímpio já atuou em 142 espetáculos diferentes.
É registrado na SBAT (Sociedade Brasileira de Autores Teatrais), e representa a entidade em Anápolis. Na área literária, é autor de 65 textos para teatro.
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ANTOLOGIA EM VERSO E PROSA. (Autores filiados à União Literária Anapolina). Organizado por Laurentina de Medeiros, Natalina Fernandes e Henrique Mendonça. Capa: Julio Alan. Prefácio: Júlio Sebastião Alves. Anápolis: ULA, 2005. 304 p. 14 x 21 cm. Ex. bibl. Antonio Miranda
Frustração
O hoje...
Um dia...
De nostalgia,
de crença.
Uma angústia
que asfixia a vida...
uma vida,
que, embora
angustiosamente,
a gente quer viver...
um dia,
como tantos,
que a gente sorri
escondendo o pranto,
O grito silencioso
“QUERO SER FELIZ”...
Talvez amanhã,
ou um dia!...
surja a alegria.
Até hoje,
minha vida foi
um deserto,
O amanhã incerto.
Tenho sede...
sede de carinho.
Tenho fome...
fome de amor...
olho para dentro
de mim mesmo.
percebo...
Estou vivo.
Se vivo,
não sei, mas...
Estou vivo.
Moribundo
A vida é um fardo pesado
Cobra de todos os moribundos
A fé, o seu eu, íntimo profundo,
O retrospecto do seu passado.
Agora reza, às vezes grita,
Ao ouvir sua consciência,
Sem o direito de pedir clemência.
Atender o apelo de sua alma aflita.
Antes, só queria ser nobre.
Não acreditou no Deus pobre.
Tinha fé no poder e na glória.
Agora chega o abismo, a aflição,
Esvai-se a vida, é hora de expiação
No pantanal de sua trajetória.
Saudade
Sinto saudade...
saudade.
De que?
Saudade.
Do passado?
Do que se foi?
Não sei!...
Sei que sinto
Saudade.
Saudade de tudo.
Sinto saudade
até mesmo... da saudade.
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Página publicada em junho de 2021
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